Rotina

É verdade, podemos cair nos extremos e colocar a confiança e a segurança na rotina ou, por outro lado, nos ressentirmos de voltar à rotina.

Há um perigo real para os dois lados. Mas o que precisamos mesmo é enxergar no cotidiano as oportunidades de nutrir a vida com a presença de Deus.

É na rotina do dia a dia que estamos buscando tornar os ouvidos mais sensíveis à voz do Espírito e ao mesmo tempo nos disciplinando a abrir espaço para Jesus na agenda. Nos encontros, no sentar, comer, levantar, trabalhar, descansar, cuidar. Que desafio!

Queremos apenas cumprir tarefas. Mas Deus quer agir em pessoas, inclusive em nós.

É por isso que a rotina não é e não pode ser aleatória, muito pelo contrário. Ela exige a escolha de priorizar, organizar, considerar, o que Deus prioriza.

É o nosso sim para Deus em primeiro lugar. É um exercício do coração para sermos guiados como discípulos. Não endurecidos, mas quebrantados pela presença do Eterno no ordinário. É encontrar com Deus.

Diante de nós há a possibilidade real dos imprevistos, dos atrasos, das dores, das doenças, da preguiça, da procrastinação. Nossas e dos que estão ao nosso redor. Cabe lembrar que é justamente aí, nos dias bons e nos dias maus, no dia a dia dos relacionamentos, que estamos sendo refeitos à semelhança de Jesus.

Então podemos ansiar com boa expectativa em Deus sobre o que Ele pode operar em nossos corações em meio à rotina.

É viver a rotina com o coração alinhado à esperança do Evangelho, ao compromisso do próprio Deus de nos transformar naquilo que Ele nos fez pra ser.

Na Vida que segue! Um dia de cada vez! Jesus no centro de tudo! Dependência pra dizer: “neste dia, me ajuda Senhor!”